sábado, 9 de agosto de 2008

Floriana_Casa Viva/ Casa nuestra

Recém respiro

Ares de estrada

Emerjo de imersão profunda

Para todos os cantos

Leste

Sul

Norte

Oeste

Rumo

ao

centro.

Parto de casa,

Casa viva

Casa nuestra

Deixo dois gatos

Bromélias

Lírios , papiros, amores, suor e delírios...

Embarcação projetada coletivamente, mãos à obra, e obra quase pronta. Velas da vontade hasteadas ao vento e um mar de emoções despertas: terra, fogo, água, ar, éter.

Iniciamos com um conselho, auxiliados pelo bastão que fala e os guias que habitam a casa de todos os santos e agora um pouquinho de cada um de nós. Momento de partilha, reconhecimento e compromisso. Partilhar nossos sonhos, reconhecer nossos medos e nossa força e comprometer-nos com nossa intenção: a força motriz e recarregadora.

Regados por muito laranja e verde, sinto-nos amarelos envolvidos de um roxo que acalenta e sutiliza o vermelho que por sua vez traz força e foco. Ocilações entrópicas, próprias de sistemas complexos acompanharam todo processo verdadeiramente coletivo. E a resiliência do sistema creio ter sido comprovada.

(...) Casa vazia e recebi recados do além véu e percebo como vejo: há moradas em todos cantos e canto a canção da terra me entregando ao fluxo.

Confio.

Levo a semente da união como adubo à solos compactados e amedrontados pela ilusão da solidão, mas também levo a força da determinação que cada semente por si só precisa para romper casca e infiltrar-se nos interstícios. Podendo contrubuir, nutrir e ser nutrida de todo sistema. Somos interdependentes.

Espero que cada semente ali, confie no seu processo, ouça seu pulsar, sonhe e se comprometa com sua missão. E que sejamos todas repletas de antenas capazes de ouvir, respeitar e nos comunicar com tudo o que é vivo e compõe esta rede de biodiversidade que habita e torna habitável nosso planeta. Que reverbere em cada um de nós e para todas as nossas relações.

Meu nome é Floriana

E assim falei

Hey

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